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Saiba MaisErro Médico na Especialidade de Hematologia: Impacto e Prevenção
A medicina, com passar dos tempos, recebeu uma verdadeira revolução em procedimentos e técnica, sejam elas de natureza cirúrgica ou terapêutica. Não é diferente na hematologia, recebendo muitas mudanças no tratamento de diversas doenças, criando resultados expressivos na saúde dos pacientes.
Erro Médico na Especialidade de Hematologia: Impacto e Prevenção
A medicina, com passar dos tempos, recebeu uma verdadeira revolução em procedimentos e técnica, sejam elas de natureza cirúrgica ou terapêutica. Não é diferente na hematologia, recebendo muitas mudanças no tratamento de diversas doenças, criando resultados expressivos na saúde dos pacientes.
A hematologia é uma especialidade médica que se dedica ao estudo, diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas ao sangue, medula óssea e sistema linfático. Embora os hematologistas sejam especialistas altamente capacitados, os erros médicos podem ocorrer nessa área, resultando em consequências graves para os pacientes. Neste artigo, abordaremos os principais tipos de erros médicos na especialidade de hematologia, as possíveis causas e o impacto que esses erros podem ter na saúde dos pacientes. Além disso, discutiremos medidas de prevenção para garantir a segurança e o cuidado adequado aos pacientes hematológicos.
hematologia é uma especialidade médica que se concentra no estudo, diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas ao sangue, medula óssea e sistema linfático. O termo “hematologia” deriva das palavras gregas “haima” (sangue) e “logia” (estudo).
Os médicos especializados em hematologia, conhecidos como hematologistas, lidam com uma ampla variedade de condições, incluindo distúrbios do sangue, como anemias, distúrbios de coagulação, doenças do sistema imunológico, como a leucemia, linfomas, mieloma múltiplo, entre outras. Essas doenças podem afetar a produção de células sanguíneas, sua função ou seu equilíbrio no organismo.
A hematologia abrange diversas áreas, como a hematologia clínica, que envolve o diagnóstico e tratamento de doenças hematológicas, e a hematologia laboratorial, que se concentra na análise e interpretação de exames de sangue e tecidos relacionados.
Os hematologistas utilizam uma variedade de ferramentas e técnicas para diagnosticar doenças hematológicas, incluindo exames de sangue, biópsias de medula óssea, citogenética, imunofenotipagem e outros testes laboratoriais especializados. Com base nesses resultados, eles podem determinar o tipo específico de doença e seu estágio, permitindo o desenvolvimento de um plano de tratamento adequado.
O tratamento em hematologia pode envolver terapias farmacológicas, como medicamentos para estimular a produção de células sanguíneas, quimioterapia, terapia-alvo, imunoterapia e transplante de células-tronco hematopoéticas. Além disso, os hematologistas também podem prescrever transfusões de sangue ou de componentes sanguíneos, como plaquetas ou concentrado de hemácias, em casos de deficiências ou alterações específicas.
A pesquisa é uma parte essencial da hematologia, impulsionando avanços nos conhecimentos e tratamentos das doenças hematológicas. Os hematologistas estão envolvidos em pesquisas clínicas e básicas, buscando novas terapias, descobrindo biomarcadores e contribuindo para a compreensão das doenças do sangue.
A hematologia desempenha um papel fundamental na medicina, fornecendo diagnóstico e tratamento para uma variedade de doenças que afetam o sistema sanguíneo. Os hematologistas trabalham em colaboração com outros profissionais de saúde, como oncologistas, radiologistas e cirurgiões, para fornecer uma abordagem abrangente e multidisciplinar no cuidado aos pacientes.
Em resumo, a hematologia é a especialidade médica dedicada ao estudo e tratamento das doenças do sangue, medula óssea e sistema linfático. Os hematologistas desempenham um papel crucial no diagnóstico, tratamento e pesquisa dessas condições, buscando melhorar a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes com doenças hematológicas.
O tratamento de inúmeras patologias ou doenças poderá ser realizado através de procedimentos cirúrgicos ou terapêuticos, sendo o último através de medicamentos ou terapias restaurativas, como terapia visual restaurativa. No caso, da hematologia, o erro médico poderá ser realizado por um erro na execução e/ou no diagnóstico da terapia escolhida ou por um erro de fabricação de órteses e próteses usadas no procedimento cirúrgico.
Os médicos hematologistas tem ligação com diversas outras especialidades, como podemos citar a traumatologia, pediatria, otorrinolaringologia, reumatologia, oncologia, neurologia e as ciências cirúrgicas de cada especialidade que atue diariamente com o sistema ocular. Por isso, a atividade médica, nesta especialidade, é multidisciplinar, o que dificulta, demasiadamente, o estabelecimento da responsabilidade civil de cada um dos profissionais, em uma possível ação de erro médico.
Sabemos que a ciência médica e os serviços prestados pelo médico são uma atividade de meio, em regra, porque o profissional da saúde não pode prometer a cura. De certa maneira, resultados negativos são naturais, pois estamos tratando de biologia, uma ciência que não tem resultados exatos, acreditando sempre que cada indivíduo é único.
Um dos erros médicos mais significativos na hematologia envolve o diagnóstico e a interpretação inadequada de exames laboratoriais e de imagem. Os resultados de exames como hemogramas, testes de coagulação, análises bioquímicas e citogenéticas são fundamentais para o diagnóstico correto de doenças hematológicas. No entanto, erros na coleta, processamento, interpretação ou comunicação desses resultados podem levar a diagnósticos incorretos ou tardios. Isso pode resultar em tratamentos inadequados, agravamento da condição e até mesmo risco de vida para os pacientes.
A prescrição de medicamentos é uma parte crucial da prática hematológica, principalmente em doenças como anemias, distúrbios de coagulação e doenças do sistema imunológico. Erros na prescrição, dosagem ou administração de medicamentos podem ocorrer, levando a complicações sérias. Além disso, o uso de terapias específicas, como quimioterapia e transplante de células-tronco, requer cuidados precisos e monitoramento rigoroso. Erros nesses processos podem resultar em efeitos colaterais graves, toxicidade, falhas terapêuticas e até mesmo danos irreversíveis aos pacientes.
A hematologia frequentemente envolve uma abordagem multidisciplinar, com a participação de vários profissionais de saúde, como hematologistas, patologistas, radiologistas e enfermeiros. A comunicação efetiva e a coordenação do cuidado entre esses profissionais são cruciais para garantir o tratamento adequado e o acompanhamento dos pacientes. Falhas na comunicação, transferência de informações incompletas ou incorretas, falta de compartilhamento de resultados de exames e desalinhamento nas decisões de tratamento podem levar a erros médicos na hematologia.
Os médicos e clinicas hematológica devem tomar bastante cuidado, como e o que fala, pois, conforme aquela máxima: “tudo pode ser usado no tribunal”, faz todo sentindo neste caso. Vemos diariamente diversas promessas de clínicas e médicos, sobre procedimentos restaurativos e cirúrgicos hematológicos, dando certeza do resultado positivo. Tais promessas sempre vinculam as partes, neste caso, por se tratar de propaganda.
Os profissionais da saúde devem tomar muito cuidado com a forma como se portam nas redes sociais e mídias, porque, em alguns casos, o judiciário entende, devido à quantidade e qualidade do conteúdo, que houve uma publicidade garantidora do resultado, como por exemplo, postagens de antes e depois, inclusive são proibidas por alguns conselhos profissionais ligados à saúde. Neste rumo, toda propaganda e publicidade vincula as partes, não só por isso, a forma de como é exposto, até mesmo um conteúdo informativo, pode ser considerado uma propaganda.
Não só isso, o médico ao orientar seu paciente deve ter um termo de consentimento exaustivo em relação aos resultados, cuidados e providências a serem tomadas pelo paciente, evitando processos e condenações judiciais.
O direito do consumidor, nos tempos atuais, prima pelo direito da informação e sua clareza, sendo uns dos direitos de qualquer consumidor ter as informações de forma clara, objetiva e ostensiva. Portanto, o profissional, no momento de oferecer o serviço, deve adequar o site, rede sociais e dentre outros, com o que determina as mais diversas legislações, como por exemplos: o valor de uma sessão deve estar expresso no anúncio; expor que o resultado conseguido pelo paciente não é a regra; e demais informações de alerta. Não só isso, ter consigo termos de consentimento e dentre outros documentos auxiliará o médico em um possível processo judicial, evitando assim uma condenação.
O médico tem o dever de expor qual técnica será utilizada, como será o tratamento, o formato da cicatriz, efetuar exames pré-operatórios e dentre diversos outros pontos de suma importância na tomada de decisão do paciente/cliente. Não são raros os casos, em que há um mal dimensionamento, deixando o corpo do paciente desarmônico, piorando o aspecto estético do procedimento.
Nos casos, hematológicos, o médico não contrai uma obrigação da cura, visto que ele não pode dá certeza que irá obter êxito na sua intervenção, sendo ela cirúrgica ou terapêutica. Por isso, a relação da responsabilidade civil do médico hematologista é subjetiva, em regra, visto que terá que ficar comprovado a responsabilidade civil subjetiva, àquela que precisa provar a imprudência, negligencia e imperícia do médico, para ser constatado um erro médico. No qual entende-se como: imprudência é quando se age de forma atabalhoada e sem a devida vigilância exigida; imperícia é quando age sem capacidade técnica para tanto; e negligência é quando agimos de forma omissa e sem o devido cuidado necessário. A responsabilidade civil objetiva assegura uma vantagem ao paciente, quando litigar sobre o tema, porque não terá que comprovar o que houve as três hipóteses acima, em regra.
Esta especialidade trata diversas patologias clinicas, sendo elas: Catarata; Glaucoma; Conjuntivite; Retinopatia diabética; Degeneração macular relacionada à idade; Erros de refração (Miopia, Astigmatismo, Presbiopia e Hipermetropia), fotofobia, Hordéolo (terçol) e dentre outras. Muitas dessas patologias, possui um tratamento, terapêutico ou cirúrgico, bastante simples, no qual, uma simples intercorrência pode ser considerada um erro médico.
Salientamos que são as mais diversas hipóteses, em caso de erro médico por hematologista, mas iremos pontuar algumas, não sendo um exercício exaustivo, visto que a depender do caso, tanto médico como jurídico, pode ser perfeitamente moldado, as regras da liturgia e literatura médica, pois é assim que é verificada a culpa, violação de regras de conduta.
Na hematologia, devido aos inúmeros procedimentos através de laser e dentre outras tecnologias, vem aumentando a busca dos procedimentos corretivos definitivos oculares, no Brasil. Com isso, há um grande crescimento também das ações reparatórias por erro médico, no qual basear-se-á nos mais diversos argumentos e traços da responsabilidade civil.
Alguns autores e estudiosos do direito médico defendem que tais cirurgias por terem resultados bastantes significativos tanto na diminuição do grau de refração, como na impossibilidade de intercorrência. De tal forma, entende-se que tais cirurgias tem como obrigação de resultado, ou seja, que o médico deve entregar um resultado significativo ao paciente.
Em alguns casos, dos mais diversos possíveis, a casos em que o médico induz o paciente a realizar a cirurgia e/ou não explica as possíveis complicações, mesmo que raras, sobre o procedimento. Os defensores de que a obrigação de resultado, nesses procedimentos cirúrgicos a base de laser, radiação, vídeo e dentre outros, baseia-se na realidade propriamente capitalista, pois estes aparelhos possibilitam que o médico execute, no mesmo dia, diversas procedimento cirúrgicos, aumentando os rendimentos para o médico. Ressalta-se que em muitas clínicas existem um pequeno bloco cirúrgico, sem o devido aparato técnico e operacional, em caso de uma complicação. Tudo para maximizar o lucro da clínica.
Já alguns entendem que o risco existe e é bastante claro para todo mundo, porque é amplamente divulgado, em jornais, revistas, cartazes, cartilhas e dentre outras, em diversos locais. Sendo um exemplo, o julgamento da 13ª câmara cível do TJRJ ao recurso de apelação de nº 5865-98, relatora, a desembargadora Nilza Bitar, que argumentou que a cirurgia não oferece resultados matemático, certos e precisos, pode acontecer intercorrências e até mesmo falha no processo cirúrgico, não conseguindo atender a expectativa do paciente, não havendo um erro médico.
De tal forma, a depender do julgador, o dever de provar pode ser deslocado a clínica ou medico de não ter agido com culpa ou dolo. Por exemplo em casos que o paciente movimenta abruptamente a cabeça, no momento da cirurgia, causando sequelas. Além disso, ficar comprovado que o paciente não efetuou todos os cuidados pós operatórios, retornos e demais cuidados necessários para que a cirurgia tenha sucesso.
E a mesma verdade serve para o médico hematologista e a clínica, o dever de cuidado no manuseio do aparelho(montagem, calibragem e ajustes) é passível de análise pelo judiciário, podendo ser, ambos, médico e clínica condenados por erro médico.
Seja para cirurgias corretivas de refração ou de catarata e dentre os demais tratamentos, todas as premissas, da literatura médica, devem ser seguidas.
Esclareço também, em casos, de processo por erro médico, de que o médico cirurgião hematológico terá que efetuar a correção ou reoperar o paciente. Estes casos são emblemáticos, visto que até aonde vai a responsabilidade do primeiro e do segundo médico. Não são raras as vezes que a rejeição de próteses, a prótese não tem uma aderência satisfatória, soltando-a, e até mesmo por falha procedimental do antigo médico. Em casos, por erro de fabricação ou por questões biológicas, ambos os médicos não serão responsabilizados por erro médico, visto que não conexão entre causa e efeito, em regra, podendo, somente, nos casos de mal dimensionamento e técnica cirúrgica inapropriada.
Já na segunda hipótese, o segundo médico estará corrigindo o erro cometido anteriormente, e como já sabemos, refazer é pior que fazer. Em muitos casos, o mal causado ao paciente é irreversível, por diversas questões biológicas, mesmo que o segundo médico utilize a melhor técnica possível. Nestes casos, se faz necessária a investigação de quem é responsável pelo dano causado, sendo necessário ambos os médicos serem chamados ao processo de erro médico.
Por último, as infecções, tantos de ordem hospitalar ou por erro no procedimento médico, ocorrem demasiadamente na especialidade hematológica. Em ambos os casos o médico e o hospital/clinica serão responsáveis pelo dano, e por isso, serão obrigados a ressarci o paciente por erro médico, em regra, exceto as causas em que o houver, por questões biológicas, reação do próprio corpo do paciente e/ou uma infecção anterior ao procedimento. Os hematologistas precisam tomar todos os cuidados necessários para que não haja nenhuma intercorrência grave, avaliando, fiscalizando e exercendo o ato médico com a maior responsabilidade possível, mas sabemos que mesmo assim, pode ocorrer.
Para prevenir erros médicos na hematologia, algumas medidas podem ser adotadas. Primeiramente, a educação médica contínua e atualizada é essencial para os profissionais da área, mantendo-os atualizados sobre os avanços e diretrizes na prática hematológica. Além disso, o uso de sistemas de apoio à decisão clínica e protocolos padronizados pode auxiliar na tomada de decisões e reduzir erros de diagnóstico e prescrição.
A implementação de mecanismos de verificação e dupla checagem, especialmente em situações críticas, como transfusões sanguíneas, pode ajudar a prevenir erros de administração de medicamentos e tratamentos. A melhoria na comunicação entre os profissionais de saúde, incluindo registros claros e acessíveis de informações relevantes sobre o paciente, é fundamental para garantir uma assistência adequada.
A criação de uma cultura de segurança, incentivando a notificação de erros e a aprendizagem com eles, é importante para identificar áreas de melhoria e evitar a repetição de erros. Revisões regulares de processos e casos clínicos também podem contribuir para identificar falhas e implementar medidas corretivas.
Além disso, a participação ativa dos pacientes no seu próprio cuidado, por meio de uma comunicação aberta e esclarecedora, pode ajudar a identificar eventuais erros ou discrepâncias na assistência recebida.
Portanto, ter os registros em documentos médicos bem regidos poderá ser o melhor aliado em processos de erro médico, tanto judiciais e administrativos. Já o paciente deve tomar as medidas de proteção ao seu direito, que são os registros de comunicação entre o profissional e o cliente, notas fiscais e recibos de pagamento, registros fotográficos e médicos, como exames, receitas e prontuários. As informações devem ser claras e ostensivas, no qual, o mesmo pode exigir o contrato, termo de consentimento e que todas as informações sejam efetuadas por escrito.
Erros médicos na especialidade de hematologia podem ter sérias consequências para os pacientes. É fundamental que os profissionais da área estejam cientes dos riscos e implementem medidas de prevenção adequadas. A educação contínua, a comunicação efetiva, a coordenação do cuidado e a criação de uma cultura de segurança são elementos-chave na prevenção de erros médicos na hematologia. Ao adotar essas medidas, é possível garantir uma prática hematológica mais segura, com diagnósticos precisos, tratamentos adequados e melhor cuidado para os pacientes hematológicos.